O país poderia ser dividido entre aqueles que acreditam em
Marcelo e aqueles ateus, descrentes que não têm fé. Essa coisa de viver sem fé
e sem chama não é espectáculo para mim. Não é só porque não damos importância
ao verniz que ele deixa de existir. Cobrir tudo de verniz é a atitude certa de
quem procura alcançar a tudo e a todos com elogios ao lustro, passando o esmalte
nas glórias do passado, nas pífias vitórias do dia a dia e claro em todos os
atrasos de vida do presente com afetos e salamaleques de “selfie em selfie” complacentemente
entretendo as audiências com futilidades. Como não simpatizar com o militante simpático
da estabilidadezinha a qualquer preço, que em proveito do seu próprio umbigo, desconsidera
a mecânica da decadência económica/financeira e omite sistematicamente as
fragilidades do país, cobrindo a ignorância do povo de um brilho latino próprio
de outras latitudes. Mal o vejo, mas de cada vez que o olho, acredito que como
o Sol, aconteça o que acontecer, ele estará
sempre lá a garantir que o artificio se renova. Mesmo que o verniz estale, para
ele, “vai ficar tudo bem”.
Saudinha
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