Nos inícios dos 90's era só a RTP 1 e 2. Lembro-me da inédita discussão pública baseada no medo da abertura de dois canais de tv privados. De comprarmos os bens alimentares nas mercearias e do pavor ao monopólio dos hipermercados. Lembro-me de integrar turmas gigantes em liceus sobrelotados de alunos que estudavam no pressuposto espantoso de que teriam provar com conhecimentos que mereciam passar. Lembro-me de conhecer um só médico em quem confiávamos cegamente a nossa saúde e nos obrigava a esperar à porta do posto clínico horas antes do sol raiar. De tudo o que era concorrente diferente, novo ou alternativo ser perigoso. Da competição restrita entre os três grandes do futebol, os dois grandes da política e as duas grandes cervejeiras serem as pífias amostras de concorrência. Das tarifas pornograficas da PT, da TAP e dos rigores da virgindade juvenil. Dos banhos racionados em casa, na escola e da despudorada corrupção socialmente aceite. Lembro-me de sonhar com mais, de acreditar que a escola me abriria a possibilidade de ser "livre para escolher" uma vida melhor. Só que não. O preconceito dominou, a hostilidade à concorrencia permaneceu e foi tudo menos. A meritocracia vingou àqueles que partiram para os odiosos países ricos do norte. Haveremos um dia por cá de ser bem sucedidos enquanto dormirmos e nos deixarem a sonhar igenuidades. Mas por favor, não nos acordem!
Sejam felizes
Saudinha
O desenho do novo governo de Costa para Pedro Nuno Santos começa a emergir. A sua nova pose de estadista é um exercício clássico de qualquer beto da JS com aspirações mais elevadas. Agora já não parece um B52 "Enola Gay" da TAP carregado com a bomba atômica destinada aos alemães. Dizem que vai convidar Fernando Medina para as finanças de Mariana Mortágua e Mariana Vieira da Silva para a “educação mínima” de Tiago Brandão Rodrigues, que por sua vez vai agora esvaziar toda a Ciência e Tecnologia ao Ensino Superior. Para o ministério da igualdade provavelmente o inefável Mamadou Ba. Como pretende inovar criando o Serviço Nacional de Habitação chamará provavelmente João Galamba para aplicar os objetivos especulativos de Ricardo Robles e quando tiver de apontar um possível Presidente da República certamente um Francisco Louçã com os princípios isentos de um Francisco Louçã. Só tenho pena que o tempo que nos separará da próxima Intervenção financeira não permita a esta virtuosa g
Eh, está tudo prática igual, exceto que agora as pessoas que vão para o centro de saúde a horas insanas, fazem-se acompanhar do seu tlm topo de gama e falam do grandioso Big Brother. Quanto aos 3 grandes de futebol o que é que mudou??? Nada. Minto. O Papa não veio cá e o Sporting foi campeão o ano passado. Emigrar, sim quero muito, há anos. Estou farta de trabalhar para aquecer e descontar para alimentar subsídio dependentes e a corja dos políticos mamões. Só ainda nao o fiz por questões de saúde de familiares. Mas hei-de ir...nem que seja velhinha😉
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