Os portugueses parecem ter grande paciência para consentir toda a incompetência a que são sujeitos. A compra de dívida portuguesa pelo BCE e a máquina de propaganda diária do PS permitem à “Primavera Marcelista II” prolongar-se muito para além do tolerável e aos fanfarrões socialistas, mesmo no limite de um orçamento em duodécimos, gastarem tudo com o único propósito de se manterem no poder. Por estes dias o nosso Presidente aprovou o aumento do ordenado mínimo para os 705€ e a função pública em 0,9%. O presidente que garantiu que iria ser o mesmo neste 2º mandato, pela religiosa seleção de prioridades, confirma que apesar de tudo não perdeu a coerência em permitir tudo aos socialistas em nome da estabilidade política. Capacitarem-se os eleitores, dos políticos usurpadores que os governam só mesmo quando apalpam as últimas moedas dos bolsos ou por outra qualquer razão batem forte com a cabeça é que então iniciam o balanço das suas memórias e reúnem a quantidade suficiente de tesourinhos deprimentes para se revoltarem e votarem nos outros, os da outra fação que lhes venderam promessas de melhores condições de vida, que também nunca se concretizaram. Os avanços tímidos nas estruturas económicas e nas reformas do estado foram nas últimas décadas quase sempre exigidas de fora por instâncias internacionais e o enredo redundante de troca de esquerda por direita preconceituosa, de governos gastadores por governos com preocupações de crescimento que não conseguiram romper com a estratificação da economia e com a corrupção, é o triste fado das últimas décadas. Os mais fartos de centrão querem resultados diferentes, a verdade nua e crua, sem interferência de interesses obscuros e uma boa estratégia de crescimento experimentada, que traga a liberdade e o dinamismo à sociedade, à economia e sobretudo pague as despesas sociais. Verdade, mas não Chega! Acreditar que de um grito de revolta, por mais gutural e determinado, alguma vez resultará uma solução mágica, é ilusão. A razão não se mede em decibéis e as soluções incluem-nos a todos não dependem de um punhado de danados que por desapoquentação, preferimos ignorar. Um olhar livre e pragmático para as melhores práticas, as que nos dão a certeza dos melhores resultados, dar-nos-ia um novo rumo, uma melhor orientação. Reza a história que as mudanças evolutivas estruturadas da sociedade e das mentalidades ocorrem parcimoniosamente e exigem muita paciência. Num mundo imperfeito, feito de pessoas diversas e imperfeitas podemos apenas aspirar a ser melhores se nos for dada a oportunidade de sermos livres para perseguir os nossos sonhos. À revelia da resistência dos interesses e das neofobias instaladas, os “esquisitões liberais”, que a história e a geografia destacam como os mais bem-sucedidos, mais tarde ou mais cedo prevalecerão um pouco por todo o mundo, apesar de no nosso simpático “jardim à beira mar plantado” se confrontarem com inimigos antigos, imunes ao avanço das mentalidades e às lições da História.
Sejam felizes
Saudinha
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