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Imolação

A imolação de um socialista pelo bem da coletividade tem destes contornos obstinados. Não foram as incompetências, o vício do poder, a corrupção ou a mortes de inocentes que demoveram Cabrita do MAI. Humilde servo dos interesses da do partido, largou o cargo pela escancarada porta da ética republicana socialista como um verdadeiro mártir da ala socrática. Quando Antonio Costa precisou de o sangrar do seu poder, ele mesmo encostou o pescoço caprino ao gume da faca demitindo-se, mas só depois de garantir na justiça o seu registo criminal de bode imaculado à custa do "bode espiatório" que o conduziu no fatídico atropelamento. É uma questão de tempo até este quadro de mérito em arrogância emergir do reino dos ministros dispensados, para uma vida faustosa num qualquer tentáculo administrativo geringonçado. Daria um irresistível embaixador em Kiev a promover um franchising do SIRESP, a coleção de inverno das golas anti-fumo e a segurança dos carros autónomos da Google contra cantoneiros e seres humanos em geral. Sejam felizes Saudinha

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De Costa para Pedro Nuno Santos

O desenho do novo governo de Costa para Pedro Nuno Santos começa a emergir. A sua nova pose de estadista é um exercício clássico de qualquer beto da JS com aspirações mais elevadas.   Agora já não parece um B52 "Enola Gay" da TAP carregado com a bomba atômica destinada aos alemães. Dizem que vai convidar Fernando Medina para as finanças de Mariana Mortágua e Mariana Vieira da Silva para a “educação mínima” de Tiago Brandão Rodrigues, que por sua vez vai agora esvaziar toda a Ciência e Tecnologia ao Ensino Superior. Para o ministério da igualdade provavelmente o inefável Mamadou Ba. Como pretende inovar criando o Serviço Nacional de Habitação chamará provavelmente João Galamba para aplicar os objetivos especulativos de Ricardo Robles e quando tiver de apontar um possível Presidente da República certamente um Francisco Louçã com os princípios isentos de um Francisco Louçã. Só tenho pena que o tempo que nos separará da próxima Intervenção financeira não permita a esta virtuosa g
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aprendizagens essenciais para curtir

A escola pública foi de férias para o parque de campismo do Entroncamento.  A céu aberto, livre do telhado e das pesadas paredes dos conteúdos, fez-se à estrada. leve de mochila às costas com as aprendizagens essenciais para curtir o ano escolar 2021/22. As férias começaram da melhor maneira.  Sem programa para cumprir e sem fim à vista, os alunos são surpreendidos ano após ano com o admirável mundo novo das pedagogias de vanguarda. Agora com a publicação do despacho 6605-A/2021, no passado dia 6 de julho, o atual governo dá sorrateiramente uma ajuda brutal à motivação dos alunos para a ignorância juvenil consentida. À prova de exigências obsoletas e devidamente desregrada, a prole estudantil avança enérgica para o miolo da sociedade de smartphones no bolso e sem manual de sobrevivência, escusando-se a museus, bibliotecas, livros e ensinamentos aborrecidos. O que se passa com a classe docente que não tem este espírito de aventura? Provavelmente por estarem já tão envelhecidos ainda não
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Programa Cautelar

  O país pede e Filomena não se coíbe de analisar os grandes problemas da atualidade além fronteiras. O leste é uma pasmaceira de paz e gente a viver livre e feliz, por isso investiu agora todo o seu esfoço no ocidente e encontrou para Portugal, quiçá para o mundo, odioso substituto à altura de Passos Coelho para justificar todos os males da humanidade. Isto do ódio aos ricos por si só é já uma originalidade, mas revelar ao mundo a fortuna dos mais ricos do planeta, socorro, é de uma perspicácia incomensurável. Não tarda haverão dezenas de televisões africanas, sul-americanas, Chinesas e Norte-Coreanas a babarem-se por adquirir aquele formato e claro completamente catatónicos pela inovação do seu conteúdo. De Elon Musk aos offshores ou dos capitalistas à desigualdade salarial, não escapou nada. Compreende-se, quem recebe 10.000€ tem mesmo de viver num inferno capitalista insuportável. Imagino que viva implorando pelo ordenado mínimo de 10.000 euros a todos os trabalhadores da RTP, m
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Escola mínima

Os professores esforçam-se para à luz das novas pedagogias fazerem os jovens felizes. O Ministério da Educação para a Felicidade tem feito avanços consideráveis para minimizar a exigência e alcançar a “escola mínima”. Ao eliminar os programas das disciplinas, substituindo-os por Aprendizagens Essenciais, as influências pedagógicas vanguardistas estão quase a atingir a eliminação dos conteúdos, das reprovações e de todas as ansiedades e sacrifícios contrários à alegria juvenil. Apesar de obsoletos, os professores empenham-se, seguem as diretivas, conhecem a hierarquia e são muito experimentados a levar na cara de alunos e pais sem pestanejar. O progresso é imparável, o “paradigma da felicidade” revolucionará a educação. A assiduidade e a saúde dos alunos, por exemplo, medida em eletrocardiogramas, serão os derradeiros critérios na avaliação dos nossos anjinhos.   Assim, depois de banidas todas as amarras do saber e os condicionalismos disciplinares, os alunos com sinais mínimos de pu
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nu orçamental

Agora que se discute o orçamento, ocorre-me à memória 2003, quando uma apresentadora jeitosa fazia as delícias dos espectadores masculinos ao apresentar o Nuticias na SIC Radical enquanto fazia striptease. Era um daqueles casos em que a forma, ou no caso, as formas, se sobrepunham ao conteúdo. Agora, apesar de as pivôs se parecem cada vez mais com atraentes apresentadoras a lerem teleponto, a forma já não se sobrepõe ao conteúdo, porque nem a forma nem conteúdo tem a nudez necessária. O puritanismo na informação resume-a uma amostra superficial pouco isenta, comentada por políticos freteiros de governantes com consentimento da sociedade avessa ao trabalho com profundidade jornalística.  Basta assistir à farsa sazonal da discussão orçamental na televisão que assenta numa crise política artificial e que arrasta toda a comunicação social.  A educação debate-se na base dos resultados, omitem as aprendizagens e o retrocesso salarial dos professores; a economia avalia-se por trimestre, omite
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Louçã e a história

O melhor do mundo são os “meia leca” fofinhos que foram para a camita muito tarde no 25 de abril e não podem ser incomodados com a escola no 26 de abril. Só mais um dia em casa na brincadeira, a ouvir as balelas do tio Louçã que valem por muitas aulas de história. Eles adoram quando ele diz: “Agora vou rrescrever o rrelato rreal rrelacionado com a rrealidade rrussa”. Tão engraçados os "trava línguas" do tio dos R esquisitos! Louçã, contador de histórias infantis, procura a toda a hora dar às crianças de todas as idades, uma versão alternativa da realidade que não destrua a sua inocência infantil. Puro e isento, oferece aos pequenitotes um refúgio utópico para as agruras do mundo amaldiçoado pelo “Papões” liberais da Escandinávia, da Irlanda e do Canadá. Para ele o “Holodomor” era um povo do filme “Senhor dos Anéis” e os “Gulag” eram as aldeias felizes onde os ucranianos viviam. Quando o assunto são as atrocidades dos regimes de esquerda, a imaginação sobrepõe-se ao conhecimen
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negacionista não é um negacionista

Um negacionista não é um negacionista, que exagero! Um negacionista é… imaginem um tipo que acredita em teorias da conspiração tipo: a Terra é plana, Salazar era um democrata, o covid19 é um resfriado, ou Auschwitz era uma fábrica de resíduos orgânicos, o Dalai-lama é da maçonaria, o Castelo Branco é um homem,  Hitler está vivo e vende bifanas em Telavive,  a rainha de Inglaterra é um avatar, o Dennis Rodman foi jogador de basquete, o Jorge Jesus é um poliglota, Walter Ego is a bff of Trump,  Elon Musk é acionista  da Famel, Presidente Marcelo tem maminhas… e outros disparates, são pessoas com um ligeiro distúrbio, nada mais. Agora colocar no mesmo saco cidadãos que abnegadamente alertam os ignorantes para a ganância das grandes farmacêuticas e para os perigos da toma da vacina do covid19, isso são pessoas isentas e esclarecidas, cheias de amor ao próximo que não caiem em qualquer esparrela… Sejam felizes Saudinha
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