O avô, fez da casa um turismo rural, com jardim e vista para o mar que os forasteiros ocupam ao preço da "uva mijona". Sala de visitas da Europa, jardim à beira mar plantado, do turismo, do lixo tóxico que importa, plataforma de grandes eventos tecnológicos, políticos e festivaleiros, da primeira globalização, das fronteiras mais antigas, da periferia, do futebol, de Fátima e claro do triste exótico e resignado fado ou fardo, sem esquecer os brandos costumes. De tudo isto, mas pouco dos seus, é Portugal. Os velhos, desgastados e alienados portugueses querem pouco mais que agradar aos joviais estrangeiros que os visitam. Cedem-lhes a melhor cama, a melhor mesa, a amena companhia temperada de sol para o recobro das suas vidas preenchidas, as nostalgias do passado contado à lareira a "arder mentiras" e uma boa imagem do que eles não querem ser. O país mais antigo da Europa dá o melhor aos visitantes como o avô aos seus netinhos e fica no canto da cozinha a beber chá, a comer bolachas e a sonhar com o jazigo, enquanto os turistas o desprezam jogando às cartas e ao monopólio entre risadas estridentes, aperitivos refinados, música alternativa e o melhor vinho do Porto da antiga garrafeira do velho. Os poucos netos, os verdadeiros, ligados às máquinas, emergem à realidade quando a bateria dos smartphones acaba, observam também eles que é bom ir à casa do velho só mesmo de férias e que o melhor é mesmo pedir boleia aos turistas para não envelhecer prematuramente. Não sei se é da terceira idade, do terço de Fátima ou do turismo do terceiro mundo que o avô não deixa os velhos hábitos?! Certo é que este país não é de primeira, nem é para novos.
Sejam felizes
Saudinha
O desenho do novo governo de Costa para Pedro Nuno Santos começa a emergir. A sua nova pose de estadista é um exercício clássico de qualquer beto da JS com aspirações mais elevadas. Agora já não parece um B52 "Enola Gay" da TAP carregado com a bomba atômica destinada aos alemães. Dizem que vai convidar Fernando Medina para as finanças de Mariana Mortágua e Mariana Vieira da Silva para a “educação mínima” de Tiago Brandão Rodrigues, que por sua vez vai agora esvaziar toda a Ciência e Tecnologia ao Ensino Superior. Para o ministério da igualdade provavelmente o inefável Mamadou Ba. Como pretende inovar criando o Serviço Nacional de Habitação chamará provavelmente João Galamba para aplicar os objetivos especulativos de Ricardo Robles e quando tiver de apontar um possível Presidente da República certamente um Francisco Louçã com os princípios isentos de um Francisco Louçã. Só tenho pena que o tempo que nos separará da próxima Intervenção financeira não permita a esta virtuosa g
Para quem é este país cujas gentes pagarão bem caro as jogadas políticas dos foliões de topo?!
ResponderEliminarFoi para os nossos pais, é um poucochinho nosso, e quase nada a não ser uma dívida colossal para os nossos filhos.
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