O Presidente Marcelo está furibundo com António
Laureano, um 'big rider' de 18 anos surfista de ondas gigantes, que consta ter surfado a maior onda do mundo na Nazaré. Toda a
gente sabe que Marcelo é um "patinho de borracha" e gosta de nadar em águas
calmas, levantar ondas não é com ele, por isso acha sempre que os retratos a
ondas em Portugal, sobretudo por estrangeiros, são muito pouco abonatórios para
o país, ou pelo menos para banhos, o que não é de desprezar. Em comunicação às rádios
e televisões, expressou-se dizendo que a admissão de ondas é destruidor da paz
social e da religiosa estabilidade política. A admissão desta, em particular,
abriria um precedente gravíssimo e seria uma ofensa à ajuda estoica que os
portugueses sorumbáticos veem dando ao governo, e dá vários exemplos disso: a
começar pela voluntária onda silenciosa de mortos de janeiro e fevereiro; a
onda dos trabalhadores da restauração que responsavelmente deixaram de gastar
dinheiro com comida, habitação e telemóvel, seguindo o ideal ermita, santificador, franciscano de despojamento material, que muito gabou na recente
visita ao Papa; a onda de idosos indignados do BES que se juntou nas camas dos
hospitais ao silêncio aos enfermeiros assoberbados nos cuidados intensivos e as
auspiciosas hipocrisias que estão ainda por vir e que estarão certamente ao
nível dos preceitos imoladores de Fátima. Diz que tudo têm feito para achatar ondas
e admite uma e só uma onda com retorno considerável para a nação, não
esclarecendo qual. Finalmente foi categórico quanto à apregoada falha tectônica
da dívida pública, dizendo que se alguma vez ocorrer um maremoto e Lisboa for
varrida por um tsunami do FMI, os representantes institucionais resistirão sem
mácula. Foi, no entanto, omisso em relação ao povo, limitando-se a dizer: "o povo serve a política não é a política que serve o povo".
Sejam felizes
Saudinha
Não deveria ser ao contrário, ie, a politica deve servir o povo?!
ResponderEliminara honestidade é sempre bem vinda!
ResponderEliminarEngraçadinho😛
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