Especialistas em delação e linguística, pertencentes ao comitê
central do Partido Comunista, começaram a desconfiar se a forma acentuada como
Louçã diz os "R" era só amor à Revolução Russa ou escondia alguma simpatia por Ronald
Reagan, Rock an Rolll, uma paixão reprimida pela deputada Rita Rato, um ódio de
estimação à Rádio Renascença ou uma obsessão com a conhecida dependência que
tem à Ritalina. As suspeitas aumentaram e contagiaram o Bloco de Esquerda, quando foi encontrado por mero acaso por Joana Mortágua, dentro de um Volvo, a
degustar um Happy Meal, a beber Coca Cola, de jeans, cap dos Chicago Bulls, enquanto
ouvia Russians do Sting e lia a posologia de uma pomada para as hemorroidas da
Pfizer. O único argumento válido que encontrou para justificar todo aquele
amontoado de blasfêmias foi o de que a pomada servia para esfregar no, digamos,
cú, em protesto simbólico contra os capitalistas das farmacêuticas
multinacionais. Poucochinho para se livar de tamanha vergonha. É natural que
depois deste embaraço monumental nada mais poderia fazer senão negar penitencialmente
o Holodomor e a “mão de Deus do Maradona”.
Feliz dia da caraminhola
Saudinha
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