Desde fedelho, me apanham sozinho, distraído a falar. No sossego, “falo a bandas despregadas” de política, futebol, poker, luta livre, balanço do condominio , covid19, febre amarela, gajas, macramé …..mais do que isso, escolho os números do euro milhões, componho canções de assobio, praguejo com a minha gata, invento palavras em inglês e imito sotaques de estados remotos americanos e brasileiros. Mais relevante que tudo, essencialmente falo com Deus. Podem acreditar, pode parecer bizarro, mas é um rotina reiterada, e admito, hábito dos Andrés, uma coisa só nossa. Da minha experiência, Deus é ser muito mal-educado. É tipo aquelas figuras esquivas a quem dizemos todos os dias bom dia e fingem que não nos ouvem. Mas como ele está por toda a parte, eu insisto com afinco na minha boa cortesia. Quero ver se algum dia ele tem coragem e me sussurra um pedido desculpa, o farsola.
Sejam felizes
Saudinha
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